Primeira reunião do CNGE

25 Jun

Comando Nacional de Greve Estudantil realiza sua primeira reunião e define próximos passos da greve!

A primeira reunião do Comando Nacional de Greve (CNGE) aconteceu no dia 186 no Rio de Janeiro. Foi um momento rico com muito debate onde se acumulou muitas propostas que abrangiam três temas: Pauta de reivindicações da greve, funcionamento do comando e Calendário de greve.
Cada universidade trouxe sua demanda e percebemos o papel nefasto da política educacional dos governos. Desde o governo FHC, passando por Lula e chegando até a Dilma não há o aumento de investimentos necessários para a educação. O país nesse período cresceu economicamente, chegamos ao patamar de ser o 6º PIB do planeta, mas mesmo assim não vemos mudanças nos investimentos em educação, muito pelo contrário, assistimos cortes de verbas que já somam 5 bilhões em educação nos últimos dois anos.

O projeto do REUNI gerou ainda mais problemas já que para uma suposta “expansão” não se aumentava as verbas suficientes. Mas isso não é tudo. O projeto impôs metas precarizantes às universidades públicas, como: aumento da relação aluno-professor, ataques ao tripé ensino-pesquisa e extensão, diversificação da modalidade de ensino inaugurando os cursos de formação acelerada etc. Passados os 5 anos de implementação deste decreto, vemos que a expansão foi muito pequena, a pouca verba não chegou e se aprofundam os problemas nas universidades. Sendo assim, o balanço da implementação do REUNI é a greve de estudantes, funcionários e professores.
O governo em meio a greve ainda tenta votar no congresso o novo Plano Nacional de educação (PNE). Este PNE aprofunda a lógica do REUNI, aprofundando suas metas precarizantes, além de não mudar o patamar de investimento atual. É uma cara de pau propor pra daqui a 10 anos o que tinha sido prometido há 10 anos atrás no outro PNE. Ou seja, o novo PNE propõe apenas 7% do PIB pra educação em 2020, quando na verdade precisamos de 10% do PIB pra educação pública já.

Os estudantes de todo o país estão em greve e dizem…

– Chega de Reuni. Queremos expansão com 10% do PIB pra educação publica já!
– Pelo imediato reajuste da bolsa auxilio estudantil para o valor do salario mínimo. RU, moradia estudantil e creche universitária em todos os campi e sem trabalho terceirizado.
– Não ao PNE do governo! Por um PNE dos estudantes, professores e funcionários que rompa com a lógica de transferência de verba pública para o setor privado.
– Contra os cortes de verba na educação. Dilma a culpa é sua!

A greve não é de pijama: Chegou a hora de Ocupações, Passeatas e atos.
A imprensa não noticia a greve. O governo segue intransigente em negociar. Os estudantes estão na rua, com um calendário nacional unificado em defesa da educação. É isso que dará visibilidade e força a nossa greve.

Conheça o Comando Nacional de Greve Estudantil!

O CNGE se instalará em Brasília, com reuniões cotidianas, coordenará a greve nacionalmente e tentará abrir negociação com o governo. São atribuições do comando: centralizar as informações das universidades em greve, pensar atividades nacionais, dar os rumos da greve a nível nacional e buscar a unificação com o ANDES, FASUBRA e SINASEFE para construir uma pauta única e negociação conjunta com o governo. Manteremos um blog em constante atualização, além de uma página no facebook, além dos informativos periódicos.
É imprescindível que todas as universidades em greve ou em mobilização mandem representantes para o CNGE. A partir desse CNGE e com muita mobilização nas universidades, será possível garantirmos a vitória da greve.
Quem fala em nome dos estudantes em greve, são os estudantes em greve, por meio do CNGE. Nem a UNE nem a ANEL falam em nome dos estudantes em greve.

Como funciona o CNGE?

O Comando Nacinoal de Greve Estudantil funciona com representantes eleitos em assembleias de cada universidade e escola. Cada universidade ou escola em greve elege dois representantes. Universidades e escola em mobilização elegem um representante. As reuniões serão diárias em Brasília. O CNGE tem independência política e financeira em relação as reitorias e governos. Sendo assim, a greve estudantil tem que se autofinanciar a partir de campanhas financeiras em cada local.

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