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Greve da educação radicaliza em Brasília e afirma que a Educação não vai pagar pela crise!

24 Jul

A última semana foi um marco na greve da educação que já ultrapassa 2 meses. Mesmo já atingindo muitos dias parados, a disposição para a luta segue forte, e foi possível realizar no dia 18 uma Marcha Unificada com a presença de mais de 10 mil pessoas, entre professores, técnico-administrativos, servidores federais e estudantes. Dentro da Marcha, o CNGE executou uma ação radicalizada articulada com as outras categorias de jogar bexigas com tinta amarela e preta na parede do Ministério da Educação, deixando as marcas da nossa greve. O acampamento na Esplanada representou uma grande vitória da resistência do movimento grevista, já que não acontecia uma atividade como essa, com a unidade e a força que teve, desde fins da década de 80.

Tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem pra Educação!

No dia seguinte, quinta, foi realizado um bloqueio das entradas no Ministério do Planejamento, com o objetivo de impedir o seu funcionamento para pressionar a negociação com as categorias. Após algumas horas com o ministério parado, representantes do MPOG receberam os comandos de greve do ANDES-SN, FASUBRA, SINASEFE e também dos estudantes. O governo argumenta que não há dinheiro para gastar, ainda mais num “momento delicado como o que vivemos com a crise econômica mundial”. O CNGE alerta a todos(as) os(as) estudantes: em período de crescimento econômico, o governo não investiu muito menos priorizou a educação, e agora usa o argumento da crise como suposta justificativa. Prova disso é que gasta quase metade do orçamento federal para o pagamento dos juros da divida que vão direto para o bolso dos banqueiros e grandes empresários, enquanto menos de 4% são investidos em educação. É por isso que em Marcha, os estudantes cantavam: “Por essa crise, não vou pagar. Dinheiro tem, é só priorizar!”. Além disso, incorporamos como uma consigna geral do Comando, reforçando a batalha pela ampliação do investimento dos 10% do PIB para a educação pública já e a solução dos problemas específicos que vivem as Instituições Federais, o repasse de R$ 2 bilhões pra assistência estudantil, que hoje representa apenas R$ 500 milhões.

Comando Nacional se fortalece em todo o país!

No mesmo dia 19 os estudantes realizaram a reunião do Comando Nacional ampliado, contando com a participação de cerca de 200 estudantes e 64 delegados. A reunião representou um importante avanço nos debates e pautas nacionais da greve, além de demonstrar a força, o reconhecimento e a legitimidade conquistada. Foi possível incorporar como uma nova consigna geral o eixo “A educação não vai pagar pela crise!”, além de avançar nas pautas dos secundaristas e dos estudantes de pós-graduação. Com debates acalorados, mas que reforçaram a importância da unidade do movimento estudantil, a reunião foi fundamental para fortalecer e legitimar ainda mais nossas pautas. O Comando votou pela realização de debates sobre o tema da “Reorganização do Movimento Estudantil”, que deve ser organizado pelos comandos locais a partir de um indicativo de data que será discutido pelo CNGE. Uma das principais resoluções foi a construção da Semana de atos radicalizados, a ser realizados nesses próximos dias. A idéia é realizar diferentes ações, como atos de rua, bloqueios de estrada, ocupações das secretarias do MEC, etc.

A greve continua: Dilma a culpa é sua!

Hoje, dia 23 de julho, aconteceu a segunda reunião de negociação com o ANDES-SN. De acordo com informes da Marinalva de Oliveira, presidente do ANDES-SN, a reunião representou um verdadeiro impasse, já que não houve qualquer sensibilização do governo frente às propostas dos professores. Portanto, não se avançaram as negociações, e uma nova reunião foi marcada para amanhã, dia 24, com representantes do MPOG e MEC. Nesta reunião será pautada a possibilidade de negociação com o CNGE, e os representantes irão até o ministério para pressionar o governo a avançar também nas pautas estudantis.

A partir desses informes, fica claro que segue grande a força da greve, por um lado, e a intransigência do governo Dilma nas negociações, por outro. Nesse sentido, a orientação do CNGE é que os comandos locais discutam as possíveis iniciativas para realizar nas Instituições Federais e ruas das cidades. É claro que cada realidade local vai impor limites e traçar possibilidades do que pode ser feito. É importante procurar as outras categorias para buscar ações unitárias, tendo como perspectiva a construção do dia 31. Será um novo dia unificado de mobilizações descentralizadas, unificado com os professores e técnico-adminstrativos, marcando o fim do prazo dado pelo governo para a negociação.

É hora de radicalizar: todos à Marcha a Brasília e ao Acampamento Unificado!

16 Jul

Na última sexta-feira, 13, o governo federal tentou mais uma vez acabar com a greve da educação e do funcionalismo público federal. Na reunião de negociação com ANDES e SINASEFE, o Ministério do Planejamento apresentou uma proposta rebaixada, com um plano de carreira que não contempla a maioria dos professores e nem os funcionários técnico-administrativos. Mais uma enrolação que, com a ajuda da mídia, tentou dividir o movimento e confundir a população brasileira, alardeando que a pauta dos docentes havia sido concedida.

Felizmente, essa manobra não desmontou a greve unificada. Pelo contrário, aumentou a disposição de luta das categorias e a convicção de que é hora de radicalizar. A partir do dia 18, em Brasília, faremos uma grande Marcha e um acampamento para exigir a negociação com todos os setores em greve e o atendimento das nossas reivindicações. Vamos ocupar a Esplanada dos Ministérios e construir atividades unitárias com todas as categorias em greve. “A greve continua, Dilma a culpa é sua”.

Por que o governo federal não atende às nossas reivindicações?

Estamos cansados de ouvir que o governo não tem dinheiro para aumentar as verbas públicas destinadas à educação. No último dia 04, Guido Mantega, ministro da Fazenda, declarou a respeito do investimento de 10% do PIB para a educação pública: “Isso coloca em risco as contas públicas. Isso vai quebrar o Estado brasileiro”. Hoje, o governo federal diz que não pode conceder as pautas dos grevistas porque a crise econômica internacional está chegando ao país. Será que o problema é mesmo falta de dinheiro?

O Brasil viveu, recentemente, anos de crescimento econômico, muito propagandeado pelo governo, que se transformaram apenas em recordes de lucro dos bancos e grandes empresas, principalmente dos setores da construção civil e automobilístico. Enquanto isso, seguimos investindo nos últimos anos menos de 5% do PIB na educação pública. A prioridade é clara e está bem longe de ser a Educação. Agora, no Orçamento da União previsto para 2012, mais de 47% dos gastos públicos serão destinados ao pagamento dos juros e amortizações da dívida pública, ou seja, quase metade do investimento estatal irá para o mercado financeiro. Sobram 3,18% para a Educação e 3,98% para a Saúde. O motivo que impede o governo Dilma de negociar e atender às nossas reivindicações é, na verdade, seu compromisso com os banqueiros. No Brasil, com crescimento econômico ou crise, quem perde sempre é a Educação.

Reunião Ampliada do Comando Nacional de Greve Estudantil 

No dia 19, às 14h, vamos realizar no Acampamento Unificado uma reunião ampliada do nosso CNGE. O objetivo é reunir os delegados e estudantes de todo o país para debatermos a situação e os rumos de greve nacional da educação. Vamos compartilhar muitas experiências de todo o país e deliberar as próximas iniciativas políticas dos estudantes brasileiros. É o momento, portanto, de fortalecer e ampliar ainda mais a representatividade do CNGE, elegendo os nossos delegados nas assembleias das universidades e institutos federais.

Alerta Mercadante, quem negocia a greve é o Comando Nacional dos Estudantes

O Comando Nacional dos Estudantes, eleito em assembleia pelos estudantes em greve, é quem tem a legitimidade de negociar as pautas dos estudantes grevistas. Nesta segunda-feira, 16, descobrimos que será realizada mais uma reunião de negociação do MEC com a direção majoritária da UNE. Não é a primeira vez que o governo se reúne para desmobilizar a greve. Da última vez, a resposta dos estudantes foi nas ruas, intensificando as suas lutas e radicalizando a greve. Agora não será diferente. Exigimos negociação com o CNGE já. Ou o governo atende as pautas dos estudantes e de todas as categorias em greve, ou a greve vai continuar. Chega de enrolação! A greve é forte e tá na rua!

SAE MERCADANTE!

5 Jul

CNGE

5 Jun

O Comando Nacional de Greve Estudantil (CNGE), foi criado no dia 05 de junho de 2012 na cidade de Brasília, com o objetivo de facilitar a coordenação de ações em escala nacional e avançar nas negociações junto ao Estado. Para tanto, o CNGE ganhou legitimidade diante da reunião de estudantes grevistas de regiões de todo o país, somando mais de 50 delegad@s representantes eleitos em assembleias de base.

O CNGE possui composição plural e suprapartidária tendo, a função de representar e apoiar a organização dos estudantes brasileiros em greve. É composto por delegad@s eleitos em assembleias, realizadas em cada instituição de ensino em greve ou em indicativo de greve. De acordo com o deliberado na reunião do dia 18 no Rio de Janeiro, desde o dia 25 de junho o comando esta instalado em Brasília, com reuniões diárias.

Participem da greve na sua universidade para construirmos uma greve estudantil forte tanto em âmbito local quanto em âmbito nacional!